Nos últimos anos, a sustentabilidade tornou-se um pilar essencial para empresas que buscam reduzir custos e impacto ambiental.
É aí que entra o Green BPM (BPM Verde), uma abordagem que integra práticas ecoeficientes à gestão de processos de negócio.
Diferente do BPM tradicional, focado apenas em eficiência operacional, o BPM Verde prioriza a redução de desperdícios, emissões de carbono e consumo de recursos naturais—sem abrir mão da produtividade.
Por que o BPM Verde está ganhando espaço? Um levantamento recente do Instituto Akatu mostra que setenta e dois porcento das empresas brasileiras já adotam iniciativas sustentáveis em seus processos—e o Green BPM é uma das estratégias mais eficazes. Enquanto o BPM convencional mede sucesso por tempo e custo, o BPM Verde inclui métricas como pegada de carbono, economia de energia e taxa de reciclagem.
Um exemplo prático? Grandes varejistas como o Magazine Luiza reduziram em quarenta porcento o uso de papel na logística após implementar análise de processos com critérios ambientais. Os benefícios vão além da sustentabilidade. Empresas que adotam BPM Verde registram até trinta porcento de economia em custos operacionais, segundo a consultoria McKinsey. Isso acontece porque a metodologia identifica gargalos como excesso de impressões, rotas de entrega ineficientes ou consumo desnecessário de água na produção. Além disso, atrai investidores que priorizam ESG: Environmental, Social and Governance, ou seja, Ambiental, Social e Governança—um diferencial competitivo em um mercado cada vez mais consciente.
Para implementar o Green BPM, o primeiro passo é mapear processos críticos. Identifique onde há desperdício: setores com alto consumo de energia, uso excessivo de matérias-primas ou logística poluente. Ferramentas como SAP Green Token ou Bonita BPM ajudam a quantificar esses impactos.
Em seguida, defina metas claras, como "reduzir emissões em vinte porcento até dois mil e vinte cinco" ou "eliminar noventa porcento do papel em doze meses". Tecnologias como AIoTi (internet das coisas) e automação são aliadas—sensores em fábricas, por exemplo, podem ajustar iluminação e máquinas em tempo real para evitar gastos desnecessários.
Casos de sucesso não faltam no Brasil. A Ambev, por meio do BPM Verde, diminuiu em cinquenta porcento o consumo de água na produção de cerveja. Já bancos como o Nubank eliminaram documentos físicos com assinatura digital—uma mudança simples que evitou toneladas de resíduos. Esses exemplos mostram que a sustentabilidade não é um custo, mas um investimento com retorno tangível.
Claro, há desafios. A resistência à mudança é comum, mas pode ser contornada com treinamentos e incentivos à equipe. Já o custo inicial de tecnologias verdes pode ser compensado por linhas de financiamento do BNDES ou subsídios fiscais.
O importante é começar com pequenos projetos piloto e escalar conforme os resultados aparecem. Se sua empresa busca eficiência sem descuidar do planeta, o Green BPM (BPM Verde) é o caminho. Com planejamento e ferramentas certas, é possível transformar processos em vantagem competitiva—e ainda contribuir para um futuro mais sustentável.